Descrição
IRESUMO
Os solos da Amazônia caracterizam-se pela acidez e baixa disponibilidade de nutrientes, limitando as atividades agrícolas e florestais. Estudos indicam que a aplicação de biocarvão associado a fertilizantes minerais e orgânicos contribuiu para o estabelecimento de plantios em áreas degradadas por ações humanas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do biocarvão e doses de fertilizante nitrogenado (ureia) nas mudanças da fertilidade do solo, produção de biomassa e estado nutricional em mudas de Aniba rosaeodora Ducke. O experimento foi conduzido em casa de vegetação durante 150 dias. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial (2x5), sendo dois níveis de biocarvão (0 e 20 t ha-1) e cinco doses de N em forma de ureia (0; 25; 50; 100 e 200 kg ha-1) com 12 repetições, totalizando 10 tratamentos e 120 unidades amostrais. Utilizou-se como fonte de biocarvão ouriço de castanheira-do-brasil pirolisado à 500ºC. O substrato utilizado foi Latossolo amarelo distrófico, coletado na camada sub-superficial (0-20 cm). Foram avaliados os atributos e nutrientes do solo, crescimento em altura, diâmetro, número de folhas, relação altura/diâmetro, relação raiz/parte área, massa seca total (MST), massa seca da raiz (MSR), massa seca da parte área (MSPA), Índice de Qualidade de Dickson (IQD) e estado nutricional das plantas de pau-rosa. Os resultados obtidos, nos permite inferir que, a interação entre BC e N aumentou os valores de pH, soma de bases (SB), saturação por bases (V%) e reduziu o teor de Al3 e saturação por Al (m%), aumentando também os teores Ca trocável no solo. Os teores de N, K, Ca, Mg, Fe, Zn e Mn aumentaram com a aplicação do biocarvão afetando os valores da CTC’s no solo. A interação entre BC e N não afetou o crescimento, exceto para o número de folhas (NF). A avaliação isolada desses fatores, principalmente o biocarvão, promoveu maior desenvolvimento da planta no ganho de peso da matéria seca e diâmetro do colo. As doses crescentes de N aumentaram apenas os valores da altura das mudas. O índice de qualidade de Dickson não mostrou significância entre os tratamentos, porém, os valores ficaram acima de 1, enfatizado os benefícios do uso do biocarvão e a fertilização nitrogenada. Para a produção de mudas de pau-rosa, nenhuma dose de N foi apontada como ideal. As concentrações foliares de K, Ca, Mg e Mn tiveram aumentos com a interação ente BC e N. Os parâmetros do solo e os dados biométricos das plantas aumentam nos intervalos de 0 a 100 kg ha-1 de N.
Palavras-chave: Nutrientes, Amazônia, Biomassa, Crescimento, Parâmetros.
